quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Porque?



Porque você?
Porque diante do espelho me transformo no ciclope mitológico e na trindade de quatro olhos?
Você existe?
É você o culpado?
De tantos caminhos porque logo este?
Era de seu desejo que conquistássemos os quatro cantos?
Para que?
Acaso és surdo?
Onde estas?
Venha, sopre nos meus ouvidos os teus mandamentos.
Porque tenho de fazer o sinal da cruz em sua memória?
Porque necessitas de tanto sangue?
Porque insistis com a ladainha?
Porque o homem?
Porque o fizeste caminhar?
Para que se nada feito por este mortal equivale a sua obra?
Porque mentiu?
Bem sabemos, o fim não aconteceu.
Então quais são seus planos?
Porque a morte aumenta a sua força?
Até quando continuará o suplicio?
Quantos mártires na esteira?
E o futuro?
É mesmo da tua safra?
Porque soltasse as feras?
Porque nos abandonaste?
Duvido da tua existência.
Duvido do seu poder.
Seu mundo derrama lágrimas e sangue.
Sua pele fede.
Estas sob júdice.
Na fila da cadeira elétrica.
A sua morte. É isso mesmo?
Acaso estas nos deixando?
E o que nos resta?
Proclamar a extinção ou o nascimento de uma nova era?
Com quem deixaras a chave do teu fracasso?
Porque?
Perdeste a língua?
Desistisses mesmo?
Estou cansado.
Dormirei.
Desperte-me amanhã.
Até.

Nenhum comentário:

Postar um comentário