quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

É noite.


Morre na sombra a coisa maldita que fertiliza minha esperança.
Dorme sem graça.
Gemendo, chorando, só, solitária.
Filha única.
Alma difusa.
Perpétuo caminho sem fim.
Ida e volta até o sempre.
Maldita sejas tu infeliz.
Noite sem estrelas no em cima.
Dor aqui em baixo.
Pedras, água na sombra.
Espumas nos ouvidos.
Lateja o membro.
Lágrimas corroídas com raiva.
Exalam pétalas caídas.
Flor de inverno florida.
Tarde demais.
Balança sem querer.
Para todos os lados.
Morte certa.
No campo, na floresta.
O cavalo sem asa relincha no campo.
A alma flutua.
É noite.

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