sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

“Os Embarques para Citera”.


Pinceladas soltas, “desinteressadas”.
Cores leves e brilhantes que oscilam entre o prazer e a loucura.
Numa terra, (ilha), distante.
Templo de Vênus.
Aonde o ir e vir dos amantes se transforma numa procissão eterna.
Um lugar suspenso no tempo e no espaço.
A quarta cavidade que Dante não tocou.
No jardim onde as flores são colhidas frescas, úmidas, resplandecentes de cor e vida.
Local de onde os barcos vêm e vão rompendo as águas quentes e espumantes.
Para este lugar os devotos da virgem deusa afluem dispostos a derramar sobre a brancura fria do mármore.
A ultima gota de vida e esperança.
Na hora penúltima,
Quando as cortinas se fecham e os ídolos desabam.


Nenhum comentário:

Postar um comentário