quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Porque me olham?



Porque me olham assim com tanta lasciva e não me atacam?
Estou a espera. Venham
Que faço eu de errado?
Sou livre, des - compromissado.
Qual será o objeto que permeia nossa existência e nos separa?
Qual o segredo atrás da montanha de vidro transparente, invisível?
Porque não mergulham nos meus olhos.
Estamos com sede e muita fome.
Admitamos.
Que é essa tal coragem?
Confesso, ela não me falta.
O que nos prende e nos distancia são outras as coisas.
Que permanecem ocultas
Num silêncio de morte.
Olhando, jogando com nossa sorte.
Mergulhem, mergulhem.
Me ataquem.
Estou aberto.
A espera.
Não tenho medo.
Nossa carne é a mesma.
A fome é o que nos une.

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