quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Duas palavras.

Duas palavras.
Sem graça.
O horror e o retrato.
Sobre uma vela.
A chama vermelha acesa.
Com sorte.
Lágrimas escorrem.
Elas se escondem.
No profundo próximo.
Reflexo iluminado.
Incendiado, apaixonado.
Que escorre nas veias.
São noites escuras.
De um bêbado sonâmbulo.
Sonhador autônomo.
Cambaleante.
Escondido na fria transparente.
Fonte.
Ele sonha.
Retorna e avança.
Seu passo compasso passado.
Não cansa.
Descansa.
Na sombra iluminada do meu olho.
Azul, negro e caolho.
Pedra, sonora aurora.
Brilhante.
Ri, canta, chora.
Sua temperatura dilata o nervo.
Aceso e sangue.
Sombra silhueta.
Cinza e violeta bege.
Nasce renascida.
Fogo na escada.
Taças quebradas no escuro.
Barulho.
Som forte e maduro eco.
Liquido derramado.
Primavera violada.
Tudo, tudo.
Encontra seu eixo.
Seu ritmo intermitente.
Aceso e frouxo.
Até o sempre.
Derrado. Derramado.
Lacrado.
Feliz e com medo.
É.
Tem de ser.
Vazado no meio.

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