quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

As três noivas da noite.



Sombra ruiva e nua.
Uva maça violeta.
Doce caramelo avelã.
Escura negra neve.
Creme vermelho rosa transparente.
Azul pálido.
Cinza calado.
Inchado.
Curva macia atraente.
Aberta.
Branca fria primavera.
Chão molhado batido.
Desmascarado.
Sem casca.
Jovem flor rosa morena.
Transparente suave eriçada.
Delicada vibrante.
Ansiosa.
Sem vergonha.
Gulosa.
Pede implora.
Dança se abre.
Fecha-se.
Deixa-se.
Estendida.
Sem fronteira limite.
Ri canta e chora.
Implora.
Brilha na sombra acesa de uma quina.
Apaga-se velada pelo véu fino leve que a envolve.
Dança canta mexendo quebrando.
Encantando enganando.
Até, até virar.
Corre escorre.
Sua seiva quente.
Tira estira.
Choca-se.
A frente.
Na mira da alça.
Que calça descalça.
O pelo sem pelo.
Que mancha a mancha manchada de seus cabelos.
Sorri, oferece, insinua.
Se projeta no projétil veneno.
Que desce no meio no seio.
Liquido mortal horroroso.
Que fecunda nos olhos.
Balança. Canta, dança.
Rebola mexe.
Eriça atiça.
Fome preguiça avanço.
E conquista.
Sob e desce.
Quebrado movimento cruzado.
Lançado em vai e vem.
Que sobe sobre em cima.
E grita orgulhosa fogosa.
Até a próxima.
Madrugada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário